Os desafios das empresas até a solidificação da diversidade cultural

Empreendedorismo

*Por Patrícia Kost, People Business Partner da Lambda3

A diversidade é um tema bastante debatido nos últimos anos. Muito além disso, o mercado tem se movimentado para ser mais inclusivo com empresas entendendo a sua relevância. Mas a pergunta que fica é: as oportunidades são oferecidas de uma forma justa ou ideal?

Uma das várias temáticas que ainda precisa ganhar solidez é a diversidade cultural. Do ponto de vista de uma gestora de pessoas de uma empresa de São Paulo, considerado um grande caldeirão cultural e de oportunidades, posso dizer que há um grande caminho a ser percorrido até estarmos totalmente desconstruídos a ponto de aplicarmos a diversidade cultural da forma correta em um polo que é tido como a locomotiva do País.

E por que é importante falar em desconstrução? Porque não adianta gerar oportunidades, se internamente a discriminação estiver enraizada entre colaboradores e lideranças. Essa discriminação é praticada em relação a costumes, vestimentas, modo de viver ou de se expressar e sotaques. O respeito a esse último aspecto, inclusive, deve ser reforçado continuamente no dia a dia das empresas, desde o processo seletivo e o onboarding, sendo inaceitável qualquer tipo de piada pejorativa, que constrange e machuca.

Por conta da pandemia, o momento sugere modelos remotos ou híbridos para que seja respeitado o isolamento social. No entanto, dentro das empresas que precisam seguir com o modelo presencial, existem várias formas de praticar a inclusão e o respeito com ações simples, mas que acolhem. É possível criar grupos que unam a base consolidada com as futuras pessoas que possam vir a fazer parte do quadro colaborativo, seja oferecendo dicas e ajuda em questões como estadia, funcionamento do transporte, público, além de indicações de lavanderias, supermercados e restaurantes.

É a partir desta revisão de conceitos e iniciativas, baseadas no fator humano, no cuidado e na atenção a quem precisa, que o coletivo progride. E àquelas companhias que seguem com o isolamento e home office, é possível integrar, mesmo que distante. Uma boa ferramenta para isso são os canais de comunicação das empresas, capazes de facilitar o contato ente pessoas de diferentes localidades. Afinal, a tecnologia não tem fronteiras e é para todos.

A diversidade cultural tem um destaque na construção e reinvenção contínua das empresas, ainda mais em um país continental como o Brasil. Unir pessoas com bagagens e perfis culturais diversificados, de variadas referências familiares, de trabalho e de vida, deve ser um pilar valioso dos modelos de negócio. Este choque provoca, instiga e movimenta. Portanto, é inevitável e necessário essa troca de bagagens.

Patrícia Kost é People Business Partner da Lambda3

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