Quais as demandas da Geração Z para o mercado da moda?

Bem estar e Saúde

O que busca a Geração Z na moda? Neste ano, os membros mais velhos da faixa – que abrange jovens nascidos entre 1997 e 2012 – completam 24 anos e a pandemia da Covid-19 pode ter ressaltado as diferenças intragrupo, bem como discrepâncias entre o que eles querem e o que está disponível.

De acordo com estudo da Center for Generational Kinetics (CGK), uma consultoria de pesquisa para Millennials e Gen Z, o momento pode ter dividido a geração em duas, com os membros mais velhos experimentando um impacto diferente e amplamente econômico.

“Em nosso estudo ‘Resolvendo o desafio do trabalho remoto entre gerações’, descobrimos que no verão de 2020 quase metade (45%) da Geração Z teve suas horas de trabalho reduzidas e mais de um terço (37%) não conseguiu trabalhar ou receber pagamento, e mais de um quarto (26%) entrou com pedido de desemprego nos últimos 30 dias. Além disso, 25% da Geração Z acredita que ficará pior quando a pandemia acabar”, disse Jason Dorsey, presidente do CGK.

Por ter assistido pais e irmãos mais velhos lidando com uma grande recessão, a Gen Z alterou suas perspectivas durante a pandemia, principalmente em relação à decisões financeiras. “Nossa pesquisa mostra que a Geração Z está muito mais focada em economizar dinheiro e obter uma boa relação custo-benefício do que gastá-lo sem cuidado”, apontou Dorsey.

Segundo a pesquisa “Gen Z 2021” da Cotton Incorporated Lifestyle Monitor ™, 46% dos consumidores da Geração Z acreditam que a pandemia mudará a maneira como compram roupas no futuro. Além disso, 47% afirmaram que compraram mais roupas online devido ao momento atual, sendo a Amazon o varejista online ao qual eles mais recorreram – mais de dois terços (68%) utilizaram portal para navegar ou comprar.

Ainda de acordo com o levantamento, 41% dos compradores da Geração Z citam a Amazon como seu principal site de compra de roupas online. A lista segue com portais como a varejista de fast fashion Shein (14%), Google (12%), Walmart (11%), American Eagle (10%), e Target e Instagram (ambos com 9%), entre outros.

A pesquisa da Monitor™ descobriu que pouco mais de 4 em cada 10 compradores da Geração Z (42%) dizem que “preços mais baratos/melhores” são a razão pela qual compram roupas online. A afirmação aparece alinhada com o pensamento dos boomers (45%).

Contudo, o excesso de roupas de fast fashion estar no topo de sua lista não corresponde aos 43% dos compradores da Geração Z que estão ativamente procurando produtos ou empresas que tenham práticas sustentáveis ​​ou ambientalmente corretas ou boas, de acordo com a reputação do Monitor ™ Have.

O índice é um pouco menor do que o dos Millennials (45%), mas significativamente maior do que os compradores da Geração X (27%) e Boomers (29%). Um terço dos compradores da Geração Z (40%) dizem que “sempre/normalmente” compram roupas sustentáveis, enquanto 44% dizem que “às vezes”.

Outro estudo da CGK, intitulado “Estado dos Consumidores da Geração Z 2020”, descobriu que 47% dos consumidores da Gen Z dizem que respeitam uma empresa que apoia mais o meio ambiente. Porém, isto não impediu que a fast fashion Shein alcançasse um crescimento considerável no último ano.

Molly Miao, diretora de marketing de Shein, disse ao WWD que a empresa teve “um ótimo 2020” apesar da pandemia. A empresa começou como Sheinside.com em 2008, mas foi adquirida pelo CEO Chris Xu, que mudou o nome para Shein em 2015, de acordo com a Forbes.

A empresa tem como alvo a Geração Z e os alcança por meio de influenciadores no Instagram e TikTok. Para manter o interesse alto, o site faz upload de centenas de novos produtos todas as semanas, incluindo um vestido de 8 dólares (cerca de R$ 46), por exemplo.

Contudo, um artigo publicado pela Euronews Living, plataforma digital para a emissora de notícias pan-europeia independente, indicou que “os preços do revendedor são enganosamente baixos” citando o movimento Fashion Revolution, que promove uma produção de moda mais sustentável e justa.

“Os preços baixos nos levam a acreditar que trazem economia para o consumidor”, explicou o Fashion Revolution. “Isso pode ser verdade no curto prazo […] mas todos nós, como cidadãos globais, em última análise, pagaremos os custos externos, os custos reais do consumo insustentável e da produção de roupas baratas”, completou.

Apenas 53% dos consumidores da Geração Z afirmaram que compraram roupas online e ficaram satisfeitos com a qualidade das roupas, de acordo com Monitor™. A satisfação caiu para 43% quando se tratou de saber se as roupas que compraram eram ou não da cor que esperavam. E apenas 25% ficaram satisfeitos se as roupas que compraram lhes serviriam ou não.

Fonte: guiajeanswear.com.br

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