Sabe o que é skin fasting?

Bem estar e Saúde

Fomos saber tudo sobre o skin-fasting – o jejum intermitente da pele.

Tónico de limpeza, sérum, creme hidratante, creme de olhos, protetor… a lista de cuidados de pele tornou-se infindável. Será este o verdadeiro amor pelo cuidado pessoal? Romantismo à parte será que a nossa pele realmente precisa de tantos produtos? A tendência skin-fasting defende que não. Seguindo a lógica do jejum intermitente na alimentação, esta tendência consiste “em deixar de utilizar, durante um período de tempo, qualquer produto de aplicação tópica na pele do rosto e corpo, ou pelo menos, minimizar o seu uso ao imprescindível”, explica Juan Ocaña, dermatologista na clínica Personal Derma, em Lisboa.

Esta ideia já não é recente e foi popularizada pela marca de skincare japonesa Mirai Clinical, mas será que realmente funciona? É para toda a gente? Quais são os benefícios? Continue a ler para saber.

Por uma consciência maior

As respostas às perguntas acima não são totalmente objetivas, pois como em todas as situações, primeiro é necessário avaliar o tipo de pele da pessoa em questão para saber qual será a rotina de cuidados que melhor se adequa à sua pele. Falando de uma pessoa que tem um tipo de pele normal, o skin fasting estaria indicado para aquelas que têm uma rotina muito extensa de produtos ou de tratamentos de beleza.

“A pele é um órgão extraordinário, com capacidade para se manter hidratada graças à produção de substâncias que constituem uma película superficial de ácidos hidrolipídicos, que junto das secreções das glândulas cutâneas (sebáceas e sudoríparas) evitam a perda excessiva de água. Quando se utilizam constantemente produtos tópicos de qualquer tipo, esta função essencial da pele é inibida e ulteriormente o turn-over cutâneo vê-se afetado. Portanto, é evidente que pausando as rotinas cosméticas durante um período de tempo se conseguem benefícios na nossa pele, pelo simples facto de que conseguimos potenciar a sua função barreira”, diz Juan Ocanã.

Ana Moreira, dermatologista na clínica Allure no Porto, também defende que esta tendência deve ser seguida por pessoas que têm rotinas de skincare muito extensas, “não no sentido de ficar num jejum total de cuidados da sua pele, mas de forma a reduzir os passos na sua rotina de cuidado”, diz.

Outro dos benefícios apontados por Juan Ocaña seria o uso racional dos produtos em que a pessoa tem consciência de quais são os princípios ativos dos produtos que está a utilizar e dos seus efeitos, pois o que acontece muitas vezes é um excesso e uma mistura de princípios ativos que não são compatíveis e que têm consequências negativas para a pele. Além disso, o skin-fasting seria uma boa opção para os “maratonistas dos cosméticos, que gostam de estar sempre a par das novidades”, explica Juan Ocaña.

As etapas que não podemos (mesmo) saltar

Quando falamos de uma rotina de skincare sem prescrição médica o detox é importante para aquelas pessoas que utilizam uma lista muito grande de produtos, mas nem todas as etapas de cuidado da pele devem ser eliminadas. “Existem algumas etapas que eu considero fundamentais que são a higiene e o uso do creme de dia com proteção solar que é fundamental. Não conseguimos parar o envelhecimento intrínseco que é aquele que nos é dado pela nossa genética e o envelhecimento cronológico, mas o envelhecimento causado pela exposição ao meio ambiente, nomeadamente à radiação ultravioleta, à exposição solar e por outros fatores como o tabaco, cansaço e falta de sono é possível tentar prevenir e deter. Os hábitos de vida saudáveis, não expor o rosto ao sol, usar um protetor solar diariamente são cuidados extremamente valiosos que podem deter o envelhecimento”, explica Ana Moreira.

Questionada sobre quais seriam as diferenças de colocar ou não produtos na pele, uma vez que a pele tem um sistema de renovação automático, Ana Moreira explicou que os resultados vão sempre depender da genética de cada um, mas “se na mesma pessoa, numa metade do rosto fizer os cuidados e na outra metade não, naturalmente que ao fim de alguns anos há uma diferença evidente entre o lado cuidado e o lado não cuidado”, diz.

Rotina skin fasting

De acordo com o dermatologista Juan Ocaña devemos começar a rotina de skincare sempre pela limpeza, de manhã e à noite. “Podem ser utilizados infinidade de produtos, para além de água, como pode ser a água micelar, os tónicos, cleansers, sabões e sabonetes, que dependerão do tipo de pele e também dos gostos e costumes de cada pessoa”, explica.

O segundo passo é o da hidratação e o creme hidratante deve ser adequado à sua pele. “Se tivermos a falar de uma pele com tendência oleosa deve-se usar apenas um sérum, um gel creme ou uma emulsão”, diz Ana Moreira.

Para terminar, o último passo deve ser a proteção da pele com um protetor solar. Não se esqueça também da hidratação corporal que é outro passo considerado essencial. Esta deve ser feita “imediatamente a seguir ao banho para uma maior absorção do creme”, explica Juan Ocaña.

Fonte: Womens Health

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