China é o primeiro país no mundo onde e-commerce ultrapassa vendas físicas

Empreendedorismo

De acordo com estudo realizada pela empresa de pesquisa de mercado eMarketer, a China está para se tornar o primeiro país no mundo onde as vendas online superam o comércio físico. A expectativa é que o e-commerce represente em valor 52,1% de todas as vendas no varejo em 2021.

Com o índice, o país fica fora de alcance de qualquer outro neste quesito. Para fim de compação, a segunda colocada Coréia do Sul deve atingir apenas 28,9% neste ano e 31,6% no próximo. Já o Reino Unido, que surge em terceiro lugar, tem seu e-commerce representando 28,3% no total de vendas em 2021 e tende a chegar os 28,5% em 2022.

Ainda que os Estados Unidos estejam um pouco à frente dos chineses em relação as vendas globais de varejo (5,506 bilhões de dólares em 2021, em comparação com 5,130 bilhões em 2020), a China irá ultrapassar em quase 2 bilhões de dólares em comércio eletrônico neste ano.

Entre os fatores apontados pelo eMarketer para o crescimento do varejo online na China está o comércio social. Estima-se que o segmento tenha crescido 44,1% no ano passado no país, e deve avançar para mais 35,5% este ano, atingindo 363,26 bilhões de dólares. Nos Estados Unidos, o comércio social deve alcançar apenas 36,09 bilhões de dólares este ano.

Há ainda os “Mini Programs” da plataforma WeChat, que já está na China há quase uma década. O eMarketer pontuou que foi apenas recentemente que a sua interface começou a facilitar o comércio eletrônico de terceiros, o que permite que “as empresas aproveitem melhor a base de usuários do WeChat e provem ser extremamente populares entre os comerciantes e consumidores”.

Outro fenômeno foi a rede social de compra em grupo Pinduoduo (PDD), que saltou de 0,5% do mercado em 2016 para 13,2% neste ano. A ferramenta “desbloqueou a participação do comércio eletrônico rural da China de forma mais eficaz do que qualquer outra plataforma”, destacou o estudo.

As transmissões ao vivo também encontraram um papel importante neste boom chinês, especialmente combinada com a atividade de comunicação social em plataformas centradas em vídeo, com a Douyin sendo muito importantes na região.

Além, é claro, da pandemia da Covid-19, que cresceu e suprimiu a China mais rapidamente que outros países. Ainda que a economia esteja operando quase normalmente por quase três trimestres consecutivos, o comportamento do consumidor chinês também foi afetado.

Vale destacar que o crescimento não deve parar, e o eMarketer prevê uma alta de 11% no comércio online da China no próximo ano. Com isto, a barreira de 3 bilhões de dólares nas vendas de e-commerce deve ser ultrapassada em 2022.

Fonte: guiajeanswear.com.br

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