Consumidor plus size busca mais opções no segmento jeanswear

Bem estar e Saúde

Precisamos olhar o mercado plus size com mais cuidado e atenção. Os consumidores GG dizem não se sentir representados pela moda e a maioria tem dificuldade para encontrar um jeans que se encaixe perfeitamente em seu corpo. Esses são dados de uma pesquisa realizada pela Vicunha, no Brasil, com mais de 60 pessoas entre 20 e 48 anos, de diferentes gêneros e, que foi apresentada na semana passada durante a live Trends do Jeanswear Plus Size.

Segundo a pesquisa, 80% das pessoas desejam comprar jeans esse ano, porém, falta variedade. Elas procuram roupas com personalidade, saindo do básico e, buscam representatividade na moda. “Os consumidores entendem que seus corpos são visíveis para todos, mas invisíveis para a moda”, comenta Lola Botti, coolhunter da Vicunha.

77% dos entrevistados dizem sentir dificuldade em encontrar roupas jeans para tamanhos mídi ou plus size e 84% não estão satisfeitos com as roupas jeans oferecidas no mercado;

“Na pessoa grande, os espaços livres entre as partes do corpo são menores ou não tem: coxa vai tocar uma na outra, braço vai ficar em contato com o tronco. Então, o tecido precisa ser legal, de boa qualidade, senão em pouquíssimo uso já gasta o entrepernas na região do braço e da cintura, quadril”, critica Valéria, 45 anos, uma das entrevistadas da pesquisa. E, pela dificuldade de achar roupas que se adequam a seus corpos, muitos dizem não ter estilo definido. Outro ponto é o conforto que cresceu ainda mais durante a pandemia, com a necessidade de tecidos que respirem, com elasticidade e informação de moda.

Além disso, é preciso conversar e garantir sua representatividade no mercado. “Por conta da gordofobia, que existe, é real, não é comum vermos modelos, manequins, campanhas plus size com corpos gordos. Ainda restrito a lojas especializadas no segmento, o que reforça ainda mais esse preconceito, dos estereótipos”, afirma Renata Menezes, responsável pelo atendimento de moda da Vicunha.

Algumas marcas, aos poucos, vêm trabalhando novas propostas de comunicação apresentando diferentes corpos, como a Dove, Avon, Adidas e Calvin Klein. Porém, há ainda muito a ser trabalhado. É preciso olhar além da variação de modelos e tamanhos, mas sim, entender suas reais necessidades e desejos.

E o que pode ser feito? Segundo Lola Botti há algumas soluções que podem ser colocadas em prática:

• Firmar a união entre estilo e modelagem para aprimorar o estudos de morfologia e expandir a padronização de tamanhos para corpos reais. É necessário projetar a partir de e não somente traduzir, pois alguns dizem que as roupas são adaptadas de corpos menores;

• Se adaptar ao clima, entendendo a regionalidade de cada local do Brasil, incluindo a “respirabilidade” do tecido, a resistência e o alto stretch;

• Padronização de tamanhos e modelagens para melhorar as vendas online oferecendo mais referências em medidas e imagens;

• Lojas físicas com espaços maiores, principalmente os provadores, bem iluminados, ambientes agradáveis.

“Há uma demanda reprimida. A equação soma pessoas que simplesmente não encontram roupas de seus tamanhos com pessoas que encontram, porém, anseiam por tendências e querem se expressar ainda mais, por isso necessitam o acesso a elas”, comenta Lola.

Shapes e Lavanderia

Ainda segundo a pesquisa, o vestido jeans surge como uma peça curinga, sendo versátil e prático. Já 50% das pessoas preferem a calça jeans, 21% o short e 12% macacões. Entre as lavagens, 49% buscam tons mais escuros (ou será que são os mais disponíveis? Boa discussão para o mercado). Os shapes justos e mais largos empatam e os detalhes passeiam entre rasgos discretos, patches, bordados e aplicações.

TENDÊNCIAS

Bárbara Santana, coolhunter da Vicunha apontou as principais tendências e estilos para o segmento plus size.

Night Mood: onde entram blacks, roxo, azuis escuros com uma pegada rocker e pop punk e, foco em peças curtas e decotadas com estampas e aplicações. Destaque para as super skinnies, boyfriend, vestidos chemises e, calças retas para eles. Aqui surgem looks totais estampados, marmorizados e efeitos ópticos.

Street Kids: uma miscelânea entre esportes de rua como skate e patins e o estilo streetwear com shapes utilitários, funcionais, estampas de texturas, e tons que vão do rosa e azul claro ao preto e o denim blue. Destaque para o conforto da wide leg, jogger, skater pants e minissaias. Surgem ainda macacões, macaquinhos e camisas jeans, curtas ou tradicionais. Entre as estampas podem ser trabalhados geométricos e desenhos de nuvens.

Funny Colors: tema nada básico onde entram looks divertidos e coloridos sob a influência da geração Z. Cores vibrantes como rubi e amarelo mesclam-se ao pastel em conjuntos, peças com recortes, alfaiataria, super skinnies ou cropped pants.

Essential Denim: o autêntico jeans em diferentes tons de azuis e silhuetas clássicas e confortáveis. Destaque para o slim fit, camisas e a wide leg.

Gorpcore Glam: uma mistura entre o utilitário e a alfaiataria elegante em tonalidades neutras e toques urbanos. Foco no denim overall em looks monocromáticos, conjuntos denim colors, skinnies, flare, calças mais largas e elegantes e a shacket (camisa jaqueta).

Sensual Seduction: o conceito “body positive” chama atenção nesse tema onde entram a sensualidade de vestidos ajustados e tecidos elastizados. Há ainda opções de body denim, super skinnies e macacões justos com tecidos de alta recuperação e elasticidade.

Confira a transmissão na íntegra:

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Fonte: Vanessa de Castro 

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