O Empreendedorismo Social e a Nova Economia

Empreendedorismo

Artigo da empresária Ticiana Rolim sobre novas economias. Encontro “Conexões de Impacto” vai debater como os negócios de impacto têm trazido soluções para diversos problemas socioambientais.

Diante do cenário desafiador atual, uma solução para minimizar os impactos negativos é o Empreendedorismo Social, onde o maior objetivo do empreendedor é resolver problemas socioambientais, e o negócio precisa ser lucrativo. Ele se depara com um problema, e cria uma forma de resolvê-lo através de um negócio lucrativo e
socialmente impactante. Esses são os Negócios de Impacto Social. 

O prof. Muhammad Yunus, ganhador do Nobel da Paz em 2006, se questionava sobre a humanidade considerar que a solução para problemas sociais serem exclusivamente de governos ou de OSCs, e por que não usar a força dos negócios para esse fim?

No Brasil, a ideia dos Negócios de Impacto foi desbravada pela aceleradora de impacto Artemísia Brasil, em 2004, que traz a reflexão: “Entre ganhar dinheiro e mudar o mundo, fique com os dois!” A partir daí, surge o setor 2.5, combinando o segundo setor, representado pelos negócios, e o terceiro setor, pelas OSCs. Costumo dizer que o setor 2.5 tem o coração social e a cabeça de negócio.

Uma pesquisa feita pela Oxfam em 2010, diz que as 388 pessoas mais ricas do mundo tinham a mesma riqueza que a base da pirâmide com 3,3 bilhões de pessoas. Já em 2017, vimos que somente 8 pessoas no mundo tinham a mesma riqueza que a base da pirâmide, que agora aumentou para 3,6 bilhões de pessoas. Essa informação nos traz reflexões.Será mesmo que o Capitalismo é capaz de reduzir desigualdades? Será que ele é capaz de trazer soluções para os problemas socioambientais?

Na minha opinião: NÃO! Precisamos ressignificar o capitalismo. Yunus fala que “Essa pandemia nos salvou, estávamos indo rumo ao abismo, um caminho suicida, e ela vem como uma última chance de refletirmos a forma que estamos atuando no mundo. Cabe a nós criar agora uma nova civilização”. 

Por fim, nesse grande movimento de transformação do sistema econômico, acredito que as empresas que não se preocuparem com o impacto que estão gerando por consciência, terão que fazê-lo por sobrevivência. Consumidores, investidores e colaboradores exigem, cada vez mais, este comprometimento das empresas.

Ticiana Rolim
Inconformista, Diretora de Gente e Impacto Social da C. Rolim Engenharia e CEO da Somos Um

Fonte: diariodonordeste.verdesmares.com.br

Please follow and like us:
0
20
Pin Share20

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *