Tendência de novos shapes e uma grande novidade da Vicunha

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A moda é cíclica, as tendências vão e voltam, mas isso não quer dizer que algumas peças deixam de existir. Mas, sim, percebemos um olhar mais atento para outros modelos que revelam novos comportamentos, jeitos de usar, de se expressar e até mesmo de se diferenciar dos demais.

Tecido Bradley

E quando falamos em jeanswear, esse movimento também acontece, seja com foco em uma nova modelagem, uma lavagem diferente, um tecido que alia tecnologias, cores ou looks mais vistos nas ruas ou passarelas. Elas vão chegando aos poucos, porém, com a velocidade de informações que permeiam o mundo fashion, logo invadem as araras e vitrines em várias partes do mundo!

Além disso, não há mais regras para o vestuário. Cada um compra e usa aquilo que se sinta bem, de acordo com seu estilo. Essa é a grande sacada do mundo fashion atual e essa diversidade é que faz a moda caminhar para variadas direções e possibilidades.

Com foco no nosso mercado denim, percebemos um aumento crescente, principalmente no Brasil, de peças mais soltas, folgadinhas, confortáveis como a wide leg, slouchy, mom, jogger e bootcut. De grifes famosas às fast fashions populares, esses shapes vem sendo procurados por mulheres de todas as faixas etárias, principalmente da geração Z.

Mas, fica um alerta aqui – amantes das skinnies, não se desesperem, elas não sairão de moda, tão pouco do mix de produtos das marcas jeanswear. Há espaço para todos os fits e tendências para esse produto unânime no mundo da moda, nosso querido denim.

“Quando a gente analisa essa questão da migração (de modelagens), devemos lembrar que, na moda, como em tudo, nada pode ser generalizado. Enquanto uma parte dos jovens está se voltando e se permitindo experimentar outros modelos, existe uma outra parte que ainda utiliza as skinnies ou aposta em variações de shapes mais justos. O que a gente vê em termos de comportamento é que as tendências dos movimentos da moda são cada vez mais pulverizadas, são cada vez mais aceitos. Antes as estações eram definidas, os cortes, os shapes, os tecidos. E, agora, está tudo mais pulsante, tudo acontece ao mesmo tempo, com a moda cada vez mais democrática”, comenta Lorena Botti, coolhunter da Vicunha.

E continua: “Em relação à migração de uma parte do público jovem para modelagens mais amplas, eu acredito no interesse natural pela moda em si, que sempre está mudando, e também por conta da nostalgia que sempre regeu o ciclo da moda – essas duas questões conspiram para os consumidores quererem explorar esses shapes mais vintage”.

Esse movimento já foi previsto pela Vicunha nas tendências de comportamento que guiarão o varejo nos próximos anos, apresentadas durante os lançamentos da marca do V1, em junho deste ano: o Future Nostalgia que traz esse interesse maior da geração Z pela virada do milênio, o Y2K (anos 2000), final dos anos 90 e começo dos 2000 e, de onde surgem referências com shapes amplos, ganchos e cinturas mais baixas. Outro detalhe importante é a volta da cargo com múltiplos bolsos e, que passeia por diferentes estilos, sempre em modelagens maiores. Há ainda espaço para os fits justos com flare a bootcut, também com cinturas baixas e o decorativismo em pedrarias, brilhos, tecidos metalizados, muita cor, tudo com cara de festa, nessa retomada de uma “vida normal”.

Junto a todas essas tendências, Lorena destaca as micropeças, que são a cara da virada do milênio e são muito importantes para compor looks all denim. “Juntamente com essa calça de cintura baixa, pode ser vendido ainda o mix de coordenados. Nunca antes a gente viu isso tão forte. Então pode vender o biquíni com a minissaia, o top, o bolero”, comenta.

Em relação às lavagens, esse mood aposta em peças customizadas e experimentais para uma geração que valoriza a sustentabilidade, autonomia, tons alvejados, artesanais, recortes, sempre com aspecto handmade.

Já a macrotendência Novo Vintage, também revelada pela Vicunha, vem se desdobrando em outras referências, como a Future Nostalgia. Ela abrange outros fits e traz a influência das décadas 70, 80 e 90 trazendo o conforto e aconchego do passado.

“Existe uma influência cada vez mais crescente nessas décadas, nas inspirações conceituais e nos designs das peças de marcas super conceituadas. Dos anos 70, a flare, bootcut, wide leg; dos 80, a slouch, bag; dos 90, as moms… Para todos esses fits, a gente vê que os elementos da alfaiataria estão cada vez mais presentes no mundo jeanswear. E a estética das lavagens que evidenciam as marcas do tempo, os banhos de chá, marcações de costuras, tecidos com superfície sarjada são todos para interpretar esse mood”, ressalta Lorena.

Tecidos e Spoilers

Quando falamos em tecidos, o conforto continua sendo palavra-chave dentro do mercado jeanswear.

“De maneira geral, o conforto é o grande vetor e, fazer com que ele predomine e a gente possa comunicar isso linkando com o lifestyle, para mim é o segredo para conquistar os consumidores. Porque seja utilizando tecidos rígidos e shapes mais amplos, ou seja, aproveitando todas as possibilidades de stretch, o conforto está acima de tudo”, diz Lorena. “E ele vem nas fibras diferenciadas, nas construções, acabamentos, vem de muitas maneiras diferentes, na própria modelagem”, completa.

E que tal unir conforto com sustentabilidade em uma nova maneira de construir os fios? Esta é uma das grandes novidades da Vicunha para os próximos lançamentos da marca,  que promete ampliar seu portfólio de artigos sustentáveis e tecnológicos.

Adiantando alguns spoilers do próximo lançamento, a têxtil irá apresentar em outubro, dentro da semana de lançamentos de coleções, produtos como o Mabel, tecido com elastano 3D, uma super tecnologia que traz a memória elástica de uma maneira diferenciada, e o Raquel Luminous, com tingimento maravilhoso, o pacific blue, super aparente e stretch de 62%.

“Mesmo com shapes mais soltos, o stretch é muito importante, tanto o de conforto, quanto o super stretch. Porque migrar da skinny experimentando outros shapes, não significa não ter stretch, a elasticidade segue sendo essencial”, comenta Lorena que destaca também os tingimentos diferenciados, a volta do tecido sarjado, diagonais marcadas e, a aparência do autêntico denim.

Outros tecidos que já fazem parte do portfólio da Vicunha e que vale a pena ressaltar é o Kelvin Mint, um stretch com acento mentolado que evidencia as lavagens vintage e dentro da família dos rígidos, em 100% algodão, o Bradley com tingimento diferenciado e construção 4×1, bem evidente, visual pesado, porém maleável.

“O fio condutor de todas essas tendências é o clima otimista e de esperança que vai fazer com que as pessoas se vistam melhor, no sentido de estarem mais produzidas, da importância do olhar e ser visto. As pessoas vão estar mais interessadas em se vestir, em se expressar com seus estilos, tanto se vestir melhor, quanto de consumo com cada vez menos impacto, as pessoas estão pensando nisso. É hora das equipes de estilo e lavanderia explorarem todas as suas possibilidades criativas. Estamos vendo também a volta do brilho, texturas, cores, simplesmente o jeanswear está em festa”, conclui Lorena.

Fonte: Vanessa de Castro | Fotos: Divulgação

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