Oficinas Culturais realizam webinários e apresentações até o final do ano

Cultura

Atividades são gratuitas e colaboram na especialização de agentes culturais espalhados por todo o país

As atividades do Ciclo de Gestão Cultural (CGC) – realizado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, da Poiesis e do programa Oficinas Culturais – seguem até novembro de 2021 e estão com as inscrições abertas.

Gratuito, conta com mediações e participações de gestores, pesquisadores, produtores e agentes do setor cultural que colaboram na especialização contínua de profissionais das artes e da cultura que desenvolvem ações pelo estado paulista e para além desta região, já que toda a programação ocorre de forma on-line, via canal de YouTube das Oficinas Culturais e Zoom. Programação e formulários de inscrição – para os webinários e apresentações de desmontagens e seus processos criativos em diversos espetáculos e movimentos – estão disponíveis no site do CGC (clique aqui).

A curadoria da edição de 2021 é de Galiana Brasil, gestora do núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural, atriz e mestranda no programa do Célia Helena Centro de Artes e Educação, e de Dani Ribas, diretora da Sonar Cultural Consultoria, doutora em Sociologia pela Unicamp e colaborou em trabalhos como a de consultora da UNESCO e do Mercosul Cultural.

A seção de Webinários do Ciclo de Gestão Cultural convida especialistas para diálogos sobre arte, cultura e territórios de produção de sentidos, buscando construir pontes e possibilidades de novas práticas de gestão. As transformações geradas pelos contextos digital e pandêmico são fios condutores para abordar as relações entre margem e centro, presencial e virtual, acessibilidade e capacitismo. Mediação cultural, curadoria, influência digital, patrimônio, memória e indicadores também estarão presentes nesta seção. A veiculação ocorre pelo Zoom e YouTube do programa Oficinas Culturais, neste com acessibilidade em Libras.

WEBINÁRIOS

Para receber certificado de participação e interagir com perguntas e respostas, inscreva-se aqui.

Mediação cultural, crítica e curadoria

Com Dodi Leal, Julio Ludemir e Sandra Benites | Mediação: Kil Abreu

Reflexões sobre o valor do pensamento crítico, articulação de públicos, curadoria e produção de sentidos em tempos pandêmicos, quando as mediações se concentram quase que completamente via tecnologias digitais.

27/9 – segunda-feira – 15h às 17h

Inscrições até 23/9 | Seleção: primeiros inscritos

Dodi Leal – travesti educadora, performer, doutora em Psicologia Social pela USP e professora do Centro de Formação em Artes e Comunicação da UFSB; Julio Ludemir – nove livros publicados, foi finalista do Prêmio Jabuti 2008 com o livro “Rim por rim” (Record), um dos criadores da Batalha do Passinho e da FLUP, além de ser um dos roteiristas de “400 contra 1”, de Caco de Souza; Sandra Benites – indígena da etnia guarani nhandewa, professora de ensino fundamental e ensino médio, doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ; Kil Abreu – jornalista, curador e pesquisador de teatro, coordenou a Escola Livre de Teatro de Santo André, compôs os júris dos principais prêmios do teatro brasileiro, como Shell e APCA, e é membro da Associação Internacional de Críticos de Teatro (IACT/AICT).

No chão sem o chão: cultura tradicional e cultura digital

Com Ana Paula do Val, Eliane Rodrigues e Juliano George Basso | Mediação: Mayra Kristina

Coletividade, contato, toque, território e identidade. No tempo em que o convívio está sitiado e as fronteiras revistas por conta de um vírus de entrada universal, como plantar, cultivar e manter vivo o brinquedo ancestral, encontrando novas possibilidades de espaços, narrativas e dimensões?

4/10 – segunda-feira – 15h às 17h

Inscrições até 30/9 | Seleção: primeiros inscritos

Ana Paula do Val – urbanista, artista visual, mestre em Estudos Culturais e especialista em políticas públicas de cultura; Eliane Rodrigues – radialista, professora e coordenadora executiva da Associação das Mulheres de Nazaré da Mata (AMUNAM); Juliano George Basso – produtor cultural e fundador da Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, na Chapada dos Veadeiros (GO);  Mayra Kristina – atriz, educadora infantil, rapper e produtora cultural, integrante dos grupos Casa de Batuqueiro, Batuque de Umbigada, Mestre Tonho e Samba de Lenço, produtora do Festival Curau – Culturas Regionais e Artes Urbanas.

Corpos com potências: cultura, acessibilidade e capacitismo

Com Edinho Santos, Estela Lapponi e Jéssica Teixeira | Mediação: Andreza Nóbrega

A supremacia capacitista e o olhar excludente do ideal de superação ainda seguem determinando caminhos e limitando os espaços de quem não atende aos padrões forjados de normalidade. Um diálogo que apresenta outras visões ao debate sobre criação, produção e acesso de artistas, a partir das perspectivas de seus corpos.

18/10 – segunda-feira – 15h às 17h

Inscrições até 14/10 | Seleção: primeiros inscritos

Edinho Santos – integrante da organização do Slam de Surdes, pedagogo, produtor, ator e poeta; Estela Lapponi – performer, videoartista, investiga o discurso do corpo com deficiência e o conceito que criou, “Corpo Intruso”; Jéssica Teixeira – multiartista, produtora, diretora, dramaturga e iluminadora, além de ter trabalhado com diversos grupos teatrais cearenses; Andreza Nóbrega – atriz, encenadora, professora de teatro, audiodescritora, produtora e gestora da VouSer Acessibilidade, doutoranda em Teatro (UDESC), idealizadora de projetos, entre eles, Cineclube VouVer Filmes e Cine Às Escuras Mostra Erótica de Cinema Acessível.

Patrimônio, memória e cultura digital

Com Dalton Martins, Karen Worcman e Leno Veras | Mediação: Giselle Beiguelman

As novas tecnologias vêm revolucionando as áreas de patrimônio e memória. A partir de um dispositivo conectado à internet, é possível não apenas consultar e revisitar o passado, mas também construir novas formas de conhecimento sobre ele. Como pensar pontes e elaborar sentidos da cultura viva, ancorando tecnologias diversas em um país de matrizes culturais tão ricas e complexas como o Brasil?

8/11 – segunda-feira – 15h às 17h

Inscrições até 4/11 | Seleção: primeiros inscritos

Dalton Martins – professor em universidades como a UnB, em Biblioteconomia, e coordena o projeto de pesquisa “Tainacan – software livre para a construção social de repositórios digitais”, em parceria com Ibram, Funarte e IPHAN; Karen Worcman – fundadora e curadora do Museu da Pessoa, doutoranda do Programa Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades da FFLCH/USP; Leno Veras – comunicólogo, professor dedicado à difusão da cultura e divulgação da ciência com foco na expansão do acesso aos acervos de arquivos, bibliotecas e museus, curador associado à Diretoria de Informação na América do Sul do Goethe-Institut; Giselle Beiguelman – artista, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, autora de artigos e livros sobre cultura digital e com obras artísticas em acervos de museus no Brasil e no exterior, como ZKM (Alemanha) e Pinacoteca de São Paulo.

Mapeamento e pesquisa: indicadores na gestão cultural

Com Carlos Paiva, Dani Ribas, Jader Rosa e Thabata Arruda | Mediação: Maria Teresa Piccoli

Esta conversa apresenta diversas formas de medição de atividades e práticas culturais, desde as tradicionais abordagens quantitativas sobre economia, passando por bases de dados institucionais, números para o desenvolvimento de políticas e levantamento sobre participação feminina em festivais.

22/11 – segunda-feira – 15h às 17h

Inscrições até 18/11 | Seleção: primeiros inscritos

Carlos Paiva – mestre em Administração Pública (Harvard Kennedy School) e Cultura e Sociedade (UFBA), assessor do Teatro Castro Alves e pesquisador do Observatório de Economia Criativa da Bahia; Dani Ribas – além de diretora da Sonar Cultural Consultoria,  integra a Rede SateliteLAT de Mulheres na Indústria da Música Latino-americana e é professora em locais como Music Rio Academy e FESPSP; Jader Rosa – designer e mestre em Multimeios pela Unicamp, além de gerente do Observatório Itaú Cultural; Thabata Arruda – pesquisadora musical, fundadora do hub criativo “Yes, Tupi” e vencedora na categoria “Inovação: Pesquisa em Música” na 4ª edição do Prêmio SIM; Maria Teresa Piccoli – MBA em Gerenciamento de Projetos, carreira de duas décadas como gestora de cultura e atualmente é coordenadora executiva da empresa Una! Criatividade e Impacto Positivo.


Em Desmontagens, artistas que atuam em música, literatura, teatro, dança, artes visuais, performance e cultura LGBTQIA+ vão compartilhar processos criativos em desmontagens aplicadas em espetáculos, gêneros, movimentos e ideias.

As apresentações estarão acessíveis em Libras e via YouTube de Oficinas Culturais com links exclusivamente para quem reservar os ingressos. Até novembro, o público poderá conhecer os trabalhos de Uýra Sodoma, manifestação de Emerson, artista visual indígena que vive em Manaus (AM), mestre em Ecologia e arte-educador em comunidades ribeirinhas; Thiagson, pesquisador do funk, bacharel em Composição Musical pela Unesp e doutorando em Musicologia pelo Departamento de Música da USP; e Giovanni Venturini, ator, dramaturgo, roteirista e poeta.

DESMONTAGENS

Des Morfose

Uýra Sodoma

Demonstrando que mutar é a arte de anunciar movimentos, mover-se é a essência de tudo o que vive, por transferência, Uýra convida elementos à composição de seu corpo, que se transforma a cada chegada. O corpo como suporte narra em voz própria a história de cada parte, do que foi vivo, pra falar de Vida, retroalimentada – é abandono de uma estrutura antiga, convite à uma nova forma de Ser -, costura de uma materialidade efêmera. Morfose é voz pela forma em rito. O artista visual indígena Emerson desencarna Uýra Sodoma, árvore que anda e atravessa suas falas em fotoperformance e performance, manifestação em carne de bicho e planta que se move para exposição e cura de doenças sistêmicas coloniais.

29/9 – quarta-feira – 20h

Classificação etária: livre
Reserve seu ingresso até 27/9 – clique aqui.

O barulho das favelas: uma desmontagem do Funk

Thiagson

Funk é audição, dança, canto e invasão de sentidos. Um dos gêneros musicais mais ouvidos no Brasil e em países estrangeiros, ainda encontra dificuldades para a compreensão de sua cultura diversa, rica e, às vezes, contraditória. Em uma aula-espetáculo, Thiagson, pesquisador e doutorando em Musicologia, provoca o público à desconstrução de ideias preconcebidas que perseguem o movimento funk. A partir da desmontagem do processo de criação de um hit, examina tudo o que acompanha esse universo que envolve a dança, roupa, linguagem, gestos, estética e visão de mundo.

27/10 – quarta-feira – 20h

Classificação etária: livre
Reserve seu ingresso até 25/10 – clique aqui.

A Não Ser

Giovanni Venturini

Partindo de perguntas e de uma reflexão cotidiana sobre sua própria condição e os diferentes olhares que recebe, Giovanni Venturini criou um ato poético sobre a questão do nanismo como dispositivo para a criação. A peça, fruto do livro homônimo lançado em 2015, reúne diferentes linguagens, como a dança, poesia, teatro e circo, a fim de contextualizar o universo explorado pelo artista. Nesta desmontagem inédita, além de conhecer a fundo o processo criativo da obra, o público trilha um percurso que passa por definições técnicas, pragmáticas e lúdicas, mostrando o universo mágico e, muitas vezes, estereotipado, que estão acostumados a enxergar a pessoa com nanismo.

24/11 – quarta-feira – 20h

Classificação etária: livre

Reserve seu ingresso até 22/11 – clique aqui.

Em caso de dúvidas, um suporte pode ser solicitado para o e-mail ciclosefestivais@oficinasculturais.org.br. Para mais informações sobre a edição on-line de 2021 do Ciclo de Gestão Cultural, acesse o site.

SOBRE O PROGRAMA OFICINAS CULTURAIS

Como uma iniciativa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e gerenciado pela POIESIS – Organização Social de Cultura, o Programa Oficinas Culturais promove formação e vivência à população no campo da cultura desde 1986.

Oficinas Culturais dialoga com o interior por meio de dois festivais (FLI – Festival Literário e MIA – Festival de Música Instrumental), Jornadas de Gestão Cultural, Ciclos de Estudos sobre Cultura Tradicional e Contemporaneidade, Programa de Qualificação em Artes que dá orientação artística a grupos, companhias ou coletivos de dança e teatro no interior, litoral e região metropolitana de São Paulo, e o Programa de Formação no Interior que oferece atividades formativas.

Além disso, na cidade de São Paulo, o programa realiza atividades de formação e difusão em três espaços:  Oficina Cultural Oswald de Andrade (Bom Retiro), Oficina Cultural Alfredo Volpi (Itaquera) e Oficina Cultural Maestro Juan Serrano (Taipas).

SOBRE A POIESIS

A Poiesis – Organização Social de Cultura é uma organização social que desenvolve e gere programas e projetos, além de pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais, voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.

Governo do Estado de São Paulo

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