Professor da UMC alerta para a importância do diagnóstico precoce na eficácia do tratamento do câncer de cabeça e pescoço

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Feridas na boca que não cicatrizam e rouquidão por mais de 30 dias merecem atenção e podem ajudar no diagnóstico

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que o Brasil registra cerca de 41 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço a cada ano. Se encaixam nessa categoria os tumores de lábios, boca, faringe, laringe, nariz e tireoide. Apenas esse último tipo afeta mais mulheres. Analisando os números de 2020, o instituto revela que foram estimados 11200 casos de câncer de boca e 6490 de laringe, em homens, e cerca de 12000 de tireoide só em mulheres, este é o quinto câncer mais comum entre elas.

Para alertar as pessoas sobre essas doenças, 27 de julho é o Dia Mundial de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço. Um dos principais problemas para seu tratamento é o diagnóstico tardio, que ocorre em 60% dos casos, deixando sequelas nos pacientes.

No entanto, de acordo com especialistas, se esse tipo de câncer for diagnosticado no estágio inicial, a chance de cura é maior que 80%. “Os cânceres de cabeça e pescoço são mutilações que causam dor. Mas se tratados precocemente e adequadamente, podem sim ser curados. A maioria está relacionado com o hábito de fumar. Por isso, cessar o tabagismo, adotar um estilo de vida saudável, autoexame, e principalmente o tratamento precoce, traz boa chance de cura, com pouco sofrimento”, ressalta Emerson Favero, professor de Medicina da UMC e cirurgião de cabeça e pescoço.

O especialista orienta sobre quais sintomas devem ser observados para o diagnóstico precoce. “As pessoas devem ficar atentas a feridas na boca que não cicatrizam em fumantes e ínguas no pescoço que não doem, além de rouquidão por mais de 30 dias. Geralmente, o exame da boca, olhando no espelho língua e gengivas, além da palpação do pescoço para detectar nódulos, são feitos e têm bons resultados no diagnóstico destes cânceres”, relata.

Tratamento

O especialista explica que, na grande maioria das vezes, essas doenças são tratadas com cirurgia, seguida de radioterapia e alguns casos, quimioterapia também. “O câncer de boca apresenta uma alta mortalidade, já que na maioria das vezes é diagnosticado tarde. Diferente do câncer da glândula tireoide, que tem uma cura maior que 90%”, revela o médico.

O importante é sempre estar atento e diante de qualquer alteração, procurar um profissional para que o diagnóstico seja fechado o quanto antes.

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